Essa é uma pergunta que pode soar curiosa ou até irreverente à primeira vista, mas traz consigo um convite à reflexão sobre o caráter de Deus e sua relação com a humanidade. Afinal, como entender os sentimentos de Deus em meio às nossas ações, escolhas e desafios diários?

Para responder a essa pergunta, é importante começar pelo que a Bíblia nos ensina sobre Deus: 

'Justo é o Senhor em todos os seus caminhos, bondoso em todas as suas obras.'

Salmos 145:17

Esses atributos revelam que os sentimentos de Deus não são instáveis ou impulsivos, como muitas vezes os nossos. Sua justiça é impecável, mas isso não significa que Ele está sempre “de bom humor” no sentido humano da expressão.

Deus sente?

Sim, Deus sente. Ele ama profundamente (João 3.16), se compadece (Salmos 103.13) e também se entristece (Efésios 4.30). Um exemplo claro disso é a passagem de Gênesis 6.6, que descreve Deus lamentando a maldade da humanidade antes do dilúvio. Isso mostra que Deus não é indiferente ao pecado ou às escolhas que afastam seus filhos do propósito que Ele planejou.

Contudo, é importante lembrar que, mesmo quando Deus se entristece, sua essência permanece imutável. Ele não deixa de ser amoroso e justo. Sua tristeza não é fruto de incerteza e instabilidade, mas da dor de ver sua criação escolher caminhos que levam à destruição.

A graça de Deus: o maior presente

Embora Deus não seja complacente com o pecado, sua graça nos mostra que Ele está disposto a perdoar e restaurar. A Bíblia afirma que:

'O Senhor é compassivo e bondoso; tardio em irar-se e rico em bondade. Não repreende perpetuamente, nem conserva para sempre a sua ira. Não nos trata segundo os nossos pecados, nem nos retribui conforme as nossas iniquidades. '

Salmos 103:8-10

'Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça. '

1João 1:9

Vemos o coração de um Pai que não se alegra com o pecado, mas que está sempre pronto a acolher os que se arrependem.

A cruz é a maior prova de que Deus não se limita a “estar de bom humor”. Em vez disso, ele escolheu agir com amor, enviando seu filho para nos reconciliar com ele. Por meio de Jesus, podemos experimentar não apenas o perdão, mas uma transformação que nos permite andar em perto de Deus.

A graça de Deus: o maior presente

Se pensamos em “bom humor” como uma disposição leve e despreocupada, a resposta é não. Deus não ignora o pecado ou as consequências das nossas escolhas erradas. Ele é justo e se importa profundamente com a forma como vivemos. Mas se entendemos “bom humor” como a disposição contínua de oferecer graça, amor e reconciliação, então podemos dizer que Deus está sempre aberto a nos acolher quando nos voltamos para ele.

A pergunta, na verdade, nos leva a uma conclusão mais profunda: não devemos nos preocupar tanto em “medir” o humor de Deus, mas sim em como estamos nos relacionando com Ele. Estamos buscando agradar o coração de Deus, vivendo em obediência e comunhão com ele? Estamos desfrutando da graça que nos foi dada em Cristo Jesus?

Deus não é movido por caprichos ou emoções humanas. Sua justiça é perfeita, e seu amor é constante. Isso deve nos levar a um temor reverente, mas também à confiança de que podemos sempre nos achegar a Ele, seja qual for a nossa situação. Ele é o mesmo ontem, hoje e para sempre (Hebreus 13.8).

Portanto, o verdadeiro questionamento que devemos fazer não é sobre o “humor” de Deus, mas sobre como estamos respondendo ao seu amor e à sua justiça. Estamos vivendo de acordo com o propósito que ele planejou para nós? 

Caminhe em direção à graça, sabendo que Deus está sempre pronto para nos receber de braços abertos.

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